A Compaixão consiste no desejo de aliviar o sofrimento do outro. A Iniciação à energia da Compaixão cedida pelos Seres de Luz de Vega no Curso de Cura Ascensional facilita o desabrochar desta qualidade à medida que a pessoa vai realizando o seu progresso espiritual.

Os Seres de Luz de Vega ensinam-nos que existem 3 medos que atrapalham a livre expressão da compaixão:

  • medo de dor emocional (a pessoa pensa que se sentir Compaixão pelo outro, vai passar a sentir o seu sofrimento de igual forma)
  • medo de se sentir diminuído (a pessoa pensa que vai ter de ceder algo de si mesmo dado que a Compaixão é uma qualidade que cria conexão com o outro e, dessa forma, o ego dessa pessoa teme perder a sua individualidade. Na verdade, a pessoa pode manter a sua individualidade sem ceder ao individualismo.)
  • medo de se distrair do seu caminho (a pessoa pensa que ao dar atenção ao sofrimento de outrém, corre o risco de se perder do seu próprio caminho)

Curiosamente, a Compaixão leva exatamente a sentir o oposto daquilo que estes medos nos tentam convencer. Ao sentir compaixão, a vontade de aliviar o sofrimento de outrém sobrepõe-se ao medo de ficar estagnado na empatia emocional sem, no entanto, executar qualquer acção no sentido de ajudar a outra pessoa. Já a pena ou piedade, deixa a pessoa estagnada dado que a pena ou piedade é um sentimento que emerge de uma consciência de dualidade e separação. Numa consciência de dualidade, a pessoa sente que o outro é separado de si. Nessa consciência, a pessoa limita-se a lamentar a situação negativa de outrém enquanto mantém o medo de que algo de semelhante possa um dia vir a acontecer-lhe.

O medo da dor emocional está também associado ao medo da pessoa atrair para si o mesmo sofrimento, se se focar no sofrimento de outrém. No fundo, a pessoa recusa ter compaixão porque tem medo de se identificar com a outra. Há, por vezes, uma vontade escondida de se sentir superior, de se sentir melhor que o outro, enquanto se assiste ao seu sofrimento. O ego considera que assumir compaixão pelo outro iria de certa forma beliscar a sua superioridade, o seu status quo. Então, o que faz é sentir pena para manter a consciência de separação em relação ao que sofre enquanto, para se sentir melhor consigo mesmo, emite alguma opinião aparente de que se preocupa com o outro. Cenário idêntico podemos encontrar no quotidiano quando nos deparamos com alguém a comentar alguma notícia negativa, na televisão ou no jornal, que atinge uma determinada parcela de população num país.

A Compaixão é uma qualidade ativa, logo ela implica acção para além de um sentimento. A Compaixão emerge naturalmente de um estado de consciência de Unidade onde a pessoa sente que ao aliviar o sofrimento de outrém, está na realidade a aliviar o seu. Assim, paradoxalmente, embora o medo tente convencer a pessoa a não sentir compaixão para não sofrer pelo outro, a verdade é que se a pessoa sentir Compaixão ela sofre menos pois passa a aliviar o sofrimento do seu semelhante. Estar numa consciência de dualidade já é um sofrimento em si. A Compaixão é uma qualidade divina que conduz a pessoa a uma consciência de unidade. Quando, perante o sofrimento de alguém, escolhemos sentir pena ao invés de sentir compaixão, verificamos que não faremos nada para extinguir esse sofrimento de outrém. Assim, continuaremos a sofrer quando não nos queremos envolver na resolução do problema de outrém pois sentimos o aguilhão da culpa de ignorar o sofrimento de outrém a chicotear a nossa consciência.

Ajudar o outro dá-nos alegria e permite-nos sentir mais em Unidade. Isso é compaixão. Todo e qualquer acto de compaixão nos conduz inevitavelmente a uma consciência maior de Unidade com o Todo.